O delegado seccional Múcio Alvarenga de Mattos, acompanhado dos delegados Alexandre Bertolini e Thais Toledo, deu detalhes sobre o esclarecimento da morte da jovem Júlia Rosemberg, ocorrido em julho, em uma trilha entre Paúba e Maresias, na Costa Sul de São Sebastião, em coletiva na sede da Delegacia Seccional.

W.L.S., de 39 anos, que está preso desde setembro em Serra Azul, na região de Ribeirão Preto, foi identificado como autor do crime. “A ciência diz que ele é o autor”, afirmou o seccional. Ele era considerado foragido, pois estava em regime aberto e mudou de endereço sem informar a Justiça. Em 2011 ele foi preso condenado por estuprar uma mulher em Maresias.

Múcio Alvarenga explicou que o local é ermo e o trabalho da polícia consistiu em buscar imagens de câmeras de segurança, quebra de sigilo telefônico e retrato falado, feito a partir de testemunhas. Na véspera do crime, um casal fazia a trilha e se incomodou com um homem portando uma faca que afirmou tomar conta de um terreno.

A partir dessas informações, foi feito o retrato falado do suspeito e o exame de DNA confirmou sua participação. Ele é de Maresias e morava em Camburi e tem três condenações, sendo que atualmente cumpre pena por estupro.

O delegado do 2º Distrito Policial de Boiçucanga, Alexandre Bertolini, afirmou que o homem deve ser transferido para a região nos próximos dias, onde deve permanecer por uma semana. A expectativa é obter a sua confissão e fazer a reconstituição do crime.

Ele confirmou que o exame de DNA, interceptações telefônicas e trabalho de campo levou ao suspeito. Ele será indiciado por latrocínio, roubo seguido de morte, pois os exames descartaram estupro. Bertolini acredita que, como não houve estupro, o homem se sentiu confortável em ceder material para o DNA. “Vamos fazer o interrogatório para saber como ocorreu o crime”.

A delegada Thais Toledo, que atuou nas investigações, disse que o DNA do homem foi identificado em três peças no corpo da vítima e de ambos na faca encontrada no local.

O laudo concluiu que não havia material biológico nas partes íntimas da vítima, mas a polícia acredita em motivação sexual, pelo histórico do homem. O crime foi tipificado como latrocínio, roubo seguido de morte, já que foram levados pertences da vítima.

O crime

O crime ocorrido no dia 5 de julho chocou a comunidade do Litoral Norte e teve repercussão nacional. Júlia havia saído de sua casa para percorrer a trilha entre Paúba e Maresias e foi brutalmente assassinada.

Seu corpo foi enterrado em um ponto da própria trilha e foi localizado por bombeiros. O tênis, o celular e documentos foram levados, de maneira que o crime foi registrado como latrocínio.

Retrato falado levou ao homem preso na região de Ribeirão Preto

Fonte/Reprodução: Radar Litoral.

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