Os motoristas da Ecobus entraram em greve na manhã desta terça-feira (13) devido à falta de pagamento de salários. Todos os veículos estão parados. A Prefeitura, por meio de nota, informou que todos os pagamentos estão em dia.
A greve foi uma iniciativa dos próprios motoristas, sem a participação do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários Urbanos, Cargas e Anexos do Litoral Norte. Segundo informações, apenas o ônibus que transporta profissionais da Saúde na Costa Sul está em circulação.
As greves por atraso de pagamento têm sido constantes na empresa. Houve até um acordo na Justiça para a quitação dos salários.
Rescisão do contrato
Em ofício encaminhado à empresa e assinado pelo secretário interino de Segurança, Mauro Morando, datado de 25 de setembro, a Ecobus foi notificada que o Contrato de Concessão será extinto no prazo de 30 dias.
A Prefeitura foi formalmente intimada a partir da publicação no Diário Oficial do Estado da decisão do TCE, que rejeitou os recursos da empresa.
O contrato foi assinado em março de 2011 com validade de 15 anos prorrogável por mais 15 anos. A Ecobus entrou com vários recursos para reverter a decisão, mas não obteve sucesso.
As reclamações são constantes quanto aos serviços prestados pela empresa, como poucos horários, ônibus quebrados, com situações até de princípio de incêndio e atraso no pagamento dos salários dos funcionários, o que resultou em algumas paralisações.
Prefeitura
A Prefeitura de São Sebastião, por meio de nota, informou que está com todos os repasses financeiros em dia com a empresa de transporte coletivo Ecobus. “Portanto, a greve dos motoristas de ônibus, deflagrada nesta terça-feira (13) é de responsabilidade da empresa, que não está cumprindo com o pagamento de sua folha salarial. A prefeitura informa ainda, que já notificou a empresa que irá cumprir a decisão do tribunal de contas do estado e por tanto já iniciou o processo de contratação da empresa de concessionária de transporte coletivo no município”.
Ecobus
O advogado da Ecobus, José Carlos Defal, afirmou que as informações que vem sendo divulgadas são mentira. “Existe uma continuidade no serviço prestado pela prefeitura. Todos os meses utiliza os serviços e tem que pagar. Só que paga quando bem entende ou quando a empresa pressiona.
Atualmente, segundo o advogado, sem contar os prejuízos da ausência de reajuste de tarifa, dívida de R$ 1,2 milhão. Destes, R$ 900 mil de dívidas passadas e R$ 300 mil referentes a nota do mês da saúde (R$ 62 mil que deveria ser paga até sexta) e os outros R$ 240 mil (um pedido indenizatório da Sepedi e outro da Saúde).
Além disso, a prefeitura há dois meses parou de comprar o vale-transporte.
Em relação ao TCE, o advogado afirma que tem sentença de primeira instância que quebra tal decisão do tribunal.
Segundo o advogado, o salário vence na quarta-feira e o vale-alimentação não foi pago em razão da prefeitura não ter efetuado o repasse.
Fonte/Reprodução: Radar Litoral